O debate sobre o tema das drogas tem ocupado todos os espaços sociais, da imprensa às praças públicas e às casas legislativas. As conversas giram e repetem sempre a receita para o que não tem receita. O humano não cabe em receitas. Mas, neste caso, infelizmente, a receita para o que escapa à norma foi dada.
A prescrição médico-psicológica-jurídica-social e política sentencia: fora de nós, fora da civilização, rumo aos confins do humano. Sem compaixão com a dor e, sobretudo, sem respeito à cidadania do outro e à nossa, este veredicto arbitra sobre a questão de modo único, total e violento.O modo como o debate é feito - barulhento, autoritário, monotemático -mascara outras mazelas: a falta de escola, a fome, a ausência de trabalho, de cultura, de lazer e de moradia, para ficar nas recorrentes formas de violação de direitos, indicadores de fragilidades sociais que retratam a perpetuação da má distribuição da riqueza.
A inserção das pessoas que vivem a ausência de direitos nas redes do tráfico é consequência do abandono e da exclusão. A solução pede investimentos que criem possibilidades reais de inserção produtiva, com qualificação e formação profissional de qualidade, educação e cultura, fortalecimento dos vínculos sociais Pede saídas para a vida, e não mais o encarceramento.O compromisso ético-político da Psicologia é com a construção de uma sociedade capaz de ofertar a seus membros as condições para o exercício de uma vida digna e com horizontes.Tal sociedade produz mais escolas que cadeias, mais praças que espaços de segregação, mais cidadãos que restos sociais.
O laço entre o homem e a droga não é novo, nem são novas as propostas de solução que projetam na exclusão o remédio. Requentando um modelo antigo e autoritário, o da segregação, a sociedade e o Estado brasileiro desrespeitam sua melhor conquista: a aspiração à cidadania como direito para todos deste País.A segregação, ao contrário, pede sempre mais exclusão, autoriza a violência e a morte e destrói os laços sociais que, quando fortalecidos, são o sustento e apoio para a experimentação da vida. Múltiplos lugares de cuidado estão sendo criados por todo o país: os CAPS-ad, Consultórios de Rua, Casas de Acolhimento Transitório, Equipes de Saúde Mental na atenção básica, ampliando os modos de abordar e cuidar, sem ceder às fantasias de perigo e violência, nem tampouco crer na ausência de possibilidade, mas acreditando e articulando os diversos recursos, sempre, por uma mesma ética: a da liberdade e da inclusão.
O compromisso ético-político da Psicologia brasileira, parceira da Reforma Psiquiátrica, é com a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática. Uma sociedade capaz de ofertar a seus membros as condições para o exercício de uma vida digna e com horizontes. Tal sociedade produz mais escolas que cadeias, mais praças que espaços de segregação, mais cidadãos que restos sociais.
A inserção das pessoas que vivem a ausência de direitos nas redes do tráfico é consequência do abandono e da exclusão. A solução pede investimentos que criem possibilidades reais de inserção produtiva, com qualificação e formação profissional de qualidade, educação e cultura, fortalecimento dos vínculos sociais Pede saídas para a vida, e não mais o encarceramento.O compromisso ético-político da Psicologia é com a construção de uma sociedade capaz de ofertar a seus membros as condições para o exercício de uma vida digna e com horizontes.Tal sociedade produz mais escolas que cadeias, mais praças que espaços de segregação, mais cidadãos que restos sociais.
O laço entre o homem e a droga não é novo, nem são novas as propostas de solução que projetam na exclusão o remédio. Requentando um modelo antigo e autoritário, o da segregação, a sociedade e o Estado brasileiro desrespeitam sua melhor conquista: a aspiração à cidadania como direito para todos deste País.A segregação, ao contrário, pede sempre mais exclusão, autoriza a violência e a morte e destrói os laços sociais que, quando fortalecidos, são o sustento e apoio para a experimentação da vida. Múltiplos lugares de cuidado estão sendo criados por todo o país: os CAPS-ad, Consultórios de Rua, Casas de Acolhimento Transitório, Equipes de Saúde Mental na atenção básica, ampliando os modos de abordar e cuidar, sem ceder às fantasias de perigo e violência, nem tampouco crer na ausência de possibilidade, mas acreditando e articulando os diversos recursos, sempre, por uma mesma ética: a da liberdade e da inclusão.
O compromisso ético-político da Psicologia brasileira, parceira da Reforma Psiquiátrica, é com a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática. Uma sociedade capaz de ofertar a seus membros as condições para o exercício de uma vida digna e com horizontes. Tal sociedade produz mais escolas que cadeias, mais praças que espaços de segregação, mais cidadãos que restos sociais.
Humberto Verona - Presidente do Conselho Nacional de Psicologia
Fonte: Diário do Nordeste
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